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A História da Oliveira

As Oliveiras são monumentos vivos da Historia da humanidade. Árvore mítica e símbolo da imortalidade funde-se com a história, a tradição e a cultura dos povos mediterrânicos.

A sua origem, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária – antes do nascimento do homem – e situa-se, segundo vários autores, na Ásia Menor, talvez na Síria ou Palestina, região onde foram descobertos vestígios de instalações de produção de azeite e fragmentos de vasos datados do início da Idade do Bronze. No entanto, em todo o Mediterrâneo têm sido encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico.

Os egípcios, 6.000 A.C., atribuíam a Ísis, mulher de Osíris, Deus supremo da sua mitologia, o mérito de ensinar a cultivar a oliveira. Por volta de 3 000 A.C., a oliveira já era cultivada por todo o “Crescente Fértil”, cuja dispersão pela Europa mediterrânica ficou a dever-se à civilização grega.

Os gregos e os romanos eram grandes entusiastas e produtores de azeite e igualmente pródigos em descobrir aplicações para o azeite, desde elemento culinário, elemento para a saúde como medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias ou até enquanto impermeabilizante de tecidos.

Da mitologia grega relata-se que, antes da disputa pela Ártica, a deusa Atenea haverá feito uma oferta aos deuses, uma Oliveira, que iria dar frutos durante centenas de anos, e dos frutos, as azeitonas, poder-se-ia retirar um líquido para alimentar, tratar feridas, limpar o corpo ou iluminar a noite. A luta foi ganha, e a cidade passou a chamar-se Atenas.

Mais tarde, a cultura do olival espalhou-se pela bacia do Mediterrâneo e, com as expedições marítimas dos portugueses e espanhóis, a oliveira chegou às Américas, propagando-se por todo o mundo, desde a Argentina, Austrália, Chile, Estados Unidos da América, até ao Japão, México, China e República da África do Sul, entre outros. Em Portugal, por exemplo, o azeite figurava como troca comercial em 1266 no foral de Silves. O único limite geográfico para a sua expansão foi o frio, dado que dificilmente uma oliveira resiste a temperaturas inferiores a 12 ºC. Em compensação, suporta secas excecionais e ventos fortes.

Ao longo da história, pelas suas características de resistência a todo o tipo de solos, a intempéries e a calamidades a Oliveira esteve muito presente no quotidiano das sociedades associada a práticas religiosas, a mitos e tradições, a manifestações artísticas e culturais ou a usos medicinais e gastronómicos.

A oliveira é símbolo de sabedoria, paz, abundância e triunfo.

Vários países e regiões têm vindo a identificar Oliveiras como parte relevante do seu património, história e cultura estando o relato de árvores milenares espalhados por todo o mundo. Atualmente é possível encontrar exemplares únicos no Líbano, em Itália ou na ilha de Creta. Em Portugal, existem dois exemplares da Oliveira a destacar; em Santa Iria de Azóia, concelho de Loures, a Oliveira “Portugal”, com cerca de 2.850 anos de idade e cerca de 10m de diâmetro; e no concelho de Tavira, no Algarve, outro exemplar com cerca de 2.000 anos.

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